Monday, October 31, 2005

Ernani é meu prof. e nada me faltará!

Salve!!

Hoje tivemos uma aula de economia monetária com o ilustre professor Ernani Teixeira que me deixou bastante meditativo e ao abrir meu email vejo que a uma notícia "Massa salarial vive ciclo de expansão prolongado". Pensei opaa!! A aula do Ernani de hoje foi sobre salário e inflação coincidência??

Na aula citada a cima o nosso professor começa com uma pergunta: Aumento de salário gera inflação?? Prontamente respondi sim, depois não e logo em seguida, depende, tamanha era a minha confusão mental.

A aula foi seguindo e vimos que aumento de salário implica em aumento de custos de produção o que pode levar à inflação de custos, mas existem outros fatores que são prepodenrantes para que haja inflação um deles é uma das nossas queridas leis econômicas (que usamos tanto em Economia Internacional):

W=Po*PmgL

onde:
w= Salário
Po= Relação de preços da economia
PmgL=Produto marginal do trabalho

Analisando essa função percebemos que se aumentarmos o salário da sociedade, sem haver aumento da produtivade haverá uma pressão por elevação de preços, ou seja, se W for menor que Po*PmgL, os tomadores de decisões das empresas contratarão mão-de-obra, elevando os salários (devido a uma demanda maior por trabalhadores) o que levaria o salário subir, certo? Sim, mas até que ponto isso ocorreria?

Exatamente até o ponto onde w=Po*PmgL (lembrando que o preço está inalterado), nesse ponto os empresários obtêm lucros máximos, devido a maximização de produtivdade marginal por trabalhador, mas se arbitrariamente o governo impor um w>Po*PmgL e não houver um aumento de PmgL, ou se PmgL aumentar em proporção menor que o w, haverá pressão sobre preços que nada mais é que inflação.

Bem, essa breve explicação foi para introduzir ao assunto da notícia citada que informa que pelo 3º ano consecutivo haverá aumento real do salário, fato esse que não se viu na história do plano real que estabilizou nossa economia.

A minha pergunta é, se o salário mínimo aumentou mais que a inflação e o salário da economia também aumentou acima da inflação como diz a notícia, porque foi este maior que a inflação?

A resposta pode estar na breve explicação dada acima, PmgL. A produtivdade marginal do trabalho deve explicar não na sua totalidade mas parcialmente esse efeito sobre os salários. Um dos motivos que elevam produtivdade marginal é o aumento dos investimentos em tecnologia e produção, o que o Brasil vem experimentando em algumas áreas como a agrícola, que aumentou sua produtividade significativamente e o investimento em tecnologia como demonstra o artigo que encontrei.

É certo que o aumento da produtividade não é o único que explica o ganho real dos trabalhadores, mas seria esse uma das causas para tal aumento?

Álcool e felicidade.....

Alô Moçada!! Bão "Tamém"!

Estava eu pensando em comprar uma garrafa de Whiskey hoje e as formas de como consumir ( puro, energético, guaraná, dentre outros ). Foi então que comecei a pensar sobre a que: Bebidas alcoolicas realmente trazem felicidade? Viajando com números e teorias malucas, busquei encontrar as séries de dados no site Nationmaster. As séries que usarei na regressão são:

Nível de felicidade - Proportion of people who answered the survey question "Taking all things together, would you say you are: very happy, quite happy, not very happy, or not at all happy?" by stating that they were "not very" happy or "not at all" happy. Como dito na definição, quanto maior o número, menor a felicidade.

Consumo de cerveja e consumo de vinho - Litros - ano / por pessoa. Infelizmente não encontrei séries para outros tipos de bebidas. Talvez com um numero maior de bebidas o resultado seria diferente.

Na regressão, os países testados foram: Ireland, Austria, Belgium, Denmark, United Kingdom, Australia, United States, Netherlands, Finland, New Zealand, Canada, Switzerland, Norway, Sweden, Japan, France e Italy. Os resultados são apresentados a baixo.


Sendo que quanto maior o número da série Happ menor a felicidade, tanto a variável Wine e Beer influem negativamente no número. E aparentemente apresentam uma relação positiva com o nível de felicidade geral da população. Os níveis de prob mostram que a variável Beer é aceita há com 10% de significância. Já a série Wine pode não apresentar relação com a felicidade do país. Porém, como se observa o intercépto não é aceito. Refazendo a regressão, desta vez sem o intercepto, encontrei resultados com melhores níveis de significância para as variáveis.














Logo, aparentemente, a quantidade de bebida alcoolica que se consome está diretamente ligado à felicidade aparente da população. Vou considerar apenas uma observação, não leve essa brincadeira tão a sério, não quero ser processado por danos físicos. morais ou amnésias de qualquer tipo....

Sunday, October 30, 2005

O dedo-duro e a corrupção...EDITADO

Alô Moçada!!! Bão "Tamém"!! Segunda semana de Projeto 42!!!

Bom, estava eu viajando na internet, mais precisamente no site Nationmaster, quando encontrei uma série cross-section de dados interessante. A série diz respeito a porcentagem dos alunos que atuam como "dedo-duros" relatanto aos professores, alguma desordem ou mesmo pedindo silêncio na sala de aula. No Brasil, pelo menos até o momento de minha vida acadêmica, esse tipo de aluno é ridicularizado, e sendo considerado como o chato e anti-social da sala. Foi ai que pensei da seguinte forma.

Será que há uma relação entre o "dedo-duro" na sala de aula e o tamanho da corrupção no país? Teoricamente, se uma pessoa relata a outra na sala de aula, o que a impede de fazer o mesmo no campo governamental?

No mesmo Nationmaster consegui a série corrupção para 17 países. Quanto maior o índice, maior a corrupção no país. Também reverti a série "dedo-duro" para a porcentagem de "não-dedo-duros". Desse modo esperaria ter uma relação direta. As séries encontradas foram.



Empolgado em testar a minha teoria, fui direto no gráfico de correlação no Exel e para o meu desânimo, encontrei o seguinte gráfico





Com uma inclinação negativa da reta de -0,04121. Isso me levou a pensar duas coisas.
1º - Tudo que estou testando não faz sentindo algum.
2º - Talvez o problema seja o lag entre os estudantes em geral e os que ocupam os cargos públicos.

Se a primeira suposição está correta, falar que a atitude do aluno na sala de aula revela sua atitude no futuro é errada. Sendo assim a corrupção tem um efeito muito maior na mente do indivíduo. Isso leva a refletir sobre uma outra questão. Há níveis diferentes de atitudes corruptas? Se sim, pode ocorrer do mesmo indivíduo que é dedo-duro na sala de aula pode ser o mesmo corrupto no futuro.
O problema enfrentado na segunda suposição é que não há dados de séries temporáis para estimar o lag entre as atitudes na sala de aula e o efeito disso na corrupção.

Concluindo, essa série de "dedo-duros" em sala de aula ainda não me saiu da cabeça e espero encontrar alguma relação com a alguma variável econômica. Agora por questão de honra......

EDITANDO...

Seguindo as sugestões do Shikida, depois do Eviews travar umas 3102381029 vezes ( alguém por favor, me arrume uma cópia do programa que funcione ) consegui fazer a regressão. Com as séries em log, tentei explicar a corrupção pelo número de "não-dedo-duros" na sala de aula. Vou usar a definição de corrupção encontrada no próprio site Nation Master.

Relates to perceptions of the degree of corruption as seen by business people, academics and risk analysts, and ranges between 0 (highly clean) and 10 (highly corrupt). Includes police corruption, business corruption, political corruption, etc. Data for 2003

Assim como o que expressão os dados de "dedo-duros".

Percentage of students who report high noise level and disorder in classes (2000).

A regressão que encontrei apresentou os seguintes dados.



Agora com coeficiente positivos que podem indicar uma relação positiva entre a corrupção e o comportamento em sala de aula. Podem ou não, pois um nível de significância está muito baixo. Sendo, a hipótese aceita em apenas 45% de confiança (1-Prob ). Um baixo valor de R2 já era esperado, porque há outros fatores com maior peso.

Mais alguma idéia?...

Saturday, October 29, 2005

Mais uma contra a Microsoft

A Microsoft, empresa que atua no ramo de computadores pessoais e corporativos, mais famosa por seu sistema operacional Windows, está sempre conquistando inimigos nos mais variados setores de aplicativos para o usuário final.
A um tempo atrás ela foi processada pelo governo americano por "se aproveitar" da sua situação de monopólio no setor de sistemas operacionais para também deter um monopólio no setor de navegadores de internet. Pois o seu navegador, o Internet Explorer, vinha "acoplado" ao sistema operacional, sem poder ser retirado. Isso não agradava as empresas do ramo de navegadores e o fim da história é que o Internet Explorer ainda vem na instalação do Windows, que ganhou apenas uma opção para desabilitar o Internet Explorer como navegador padrão, possibilitando assim, que outro seja instalado e utilizado.
A empresa também sofreu processos da União Européia, devido à aplicativos de mídia, e da Sun Microsystems, devido a um clone da Microsoft de uma ferramenta plug-in de navegação da Sun. Além de outros processos.
O "inimigo" agora é a Coréia do Sul, como pode ser visto em uma reportagem do site IDG Now!.
A empresa ameaçou parar de comercializar o sistema operacional Windows no país, caso eles mantenham suas intenções de modificar códigos do Windows. Mas o motivo agora é por outro setor atualmente importante no ramo da internet. Os aplicativos de mensagens instantâneas. O MSN Messenger, da Microsoft, desbancou o reinado do ICQ, e mantém a liderança frente a outros como o AOL Instant Messenger e o Yahoo! Messenger, ambos de grandes portais americanos. O pepino na Coréia veio de um portal nacional muito famoso entre os internautas de lá, chamado Daum (link aqui, para quem entende coreano) e que possui o seu próprio software de mensagens instantâneas. A empresa afirma que o fato de o MSN Messenger vir na instalação do Windows (já conhecemos essa história) prejudica os seus negócios.
Bem, o fato é que alguns usuários que não têm muita experiência no ramo de informática não podem personalizar o seu sistema com o que quiserem, por falta de conhecimento, interesse, tempo, seja lá o que for. E programas que já vêm incluídos levam alguma vantagem em relação à outros. Principalmente se os seus desenvolvedores não possuem muitos recursos para conquistar os usuários com mídia, por exemplo. Já que criatividade e inovação são notáveis, por parte de diversas empresas de pequeno porte.
Como esta situação irá acabar não será muito diferente do que já tem acontecido com a Microsoft, pois a reportagem já fala de um possível a cordo entre a Microsoft e a empresa coreana.
A dúvida será o que acontecerá quando a Microsoft lançar a nova versão do Windows, apelidado de Longhorn, previsto para 2006. Há boatos que o sistema operacional possui um anti-vírus incluído no pacote, para não prejudicar os usuários que não podem comprar um anti-vírus.
Nota-se que a empresa está coberta de boas intenções...

Galeria de arte...

Mais uma inspiração vinda de conversas com o Saulo...

Sábado em uma de nossas conversas pelo MSN, ele me contou que tinha ido a uma galeria de arte situada na região da Savassi, e que estava indignado com o preço das obras sendo que para ele a maioria não passava de abstrações ridículas dos artistas.

A partir desse momento começamos a discutir o que levava a algumas obras de arte serem mais valorizadas que outras que parecem bem mais interessantes.

O primeiro ponto que observamos é que quando a obra vem de um artista já falecido parece ter bem mais prestígio, o que significa um preço bem mais elevado, provavelmente devido a total falta de elasticidade das obras provindas do morto.

Mas mesmo assim não conseguimos acreditar que somente isso explica o preço e a variação dos preços das obras de arte. Será que todos aqueles artistas que já morreram conseguiram uma valorização de seus trabalhos?! Acho que não, ou melhor, com absoluta certeza não.

Buscando informações com algumas pessoas que procuram entender um pouco do assunto, elas nos disseram que existem espécies de “patrocinadores de artistas”. Esses são responsáveis por fazerem uma boa imagem do nome dos artistas nos meios em que as obras são ofertadas. Após o primeiro sucesso com a assinatura de determinado artista, tudo se torna bem mais fácil, aquele bem que antes não passava de um bem normal, se torna um bem de luxo com elevadíssimo preço no mercado. Portanto, o marketing é a alma do negócio mesmo. As pessoas, em sua maioria, não buscam o que determinada obra de arte representa, mas sim o status que ela traz, status esse criado por pessoas responsáveis por isso, e em grande por parte também pelos demandantes desse mercado.

Sei que alguns conseguem enxergar arte em diversos quadros, esculturas, etc, mas como não consigo de maneira nenhuma chegar nesse nível de percepção busquei encontrar algumas explicações para o mercado citado. Cheguei às citadas, mas se tiverem melhores e diferentes idéias, por favor, comentem!!!

Enriquecendo a alma e engordando a carteira

Johathan Gruber, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, desenvolveu um estudo relacionando o comparecimento à igrejas e aumento de renda. Os resultados mostram que nos Estados Unidos quando dobramos o número de vezes que freqüentamos cultos religiosos há um aumento de 9,1% na renda do lar. O argumento usado por ele para explicar os resultados é de “os que possuem mais fé podem ser 'menos estressados' a respeito dos problemas do dia-a-dia que impedem o sucesso no mercado de trabalho e no mercado do casamento. Por isso, eles seriam mais bem-sucedidos".

Sua pesquisa afirma que “o comparecimento aos cultos corresponde a níveis mais altos de formação escolar e renda, níveis mais baixos de recorrência ao serviço público de saúde, taxas mais altas de casamento e taxas mais baixas de divórcio”. Gruber separou sua amostra em sete grupos e se concentrou em pessoas brancas, não-hispânicas, com vinte e cinco anos ou mais dado que "há fortes indícios de segregação racial entre os freqüentadores das igrejas”.

Acredito que pessoas que freqüentam igrejas recebem mais estímulos a melhorarem de vida. Um exemplo disso seriam seguidores da Igreja Universal do Reino de Deus (e outras igrejas evangélicas) que devem abolir qualquer espécie de vício. Ao evitar o consumo de bebidas e cigarros, por exemplo, além de elevar a qualidade de vida, sobra mais renda para gastar com outros produtos. Outro argumento seria o de que a pessoa fica mais disciplinada, mais disposta ao trabalho, possui melhores perspectivas sobre o futuro e valoriza mais a família.

Apesar desse aspecto positivo, deve-se levar em conta que, muitas vezes, esta dedicação fervorosa pode implicar em custos. Um exemplo típico seria o pagamento do dízimo na igreja católica. E como hoje é o dia das expectativas aqui no blog, imagino que os benefícios que os fiéis esperam obter com o comparecimento aos cultos são maiores do que os 10% gastos com a igreja. Cabe a eles decidir o número de horas dedicadas à religião que maximize seu bem-estar, dados seus custos.

Para finalizar, gostaria de citar um ponto que não foi abrangido na pesquisa e que diz respeito à particularidade da situação econômica de cada povo. A perspectiva de que terão um lugar no céu, por exemplo, incentiva mais quem vive numa situação pouco privilegiada a buscar o que a religião lhe oferece. E de acordo com uma frase do nosso diretor VanDyck: “é barato acreditar em Deus”.
A reportagem foi retirada do Portal Terra, no dia 25 de outubro.

Algo mais sobre Games no Brasil

Saudações seres!

Com o intuito de expandir o meu pequeno ensaio de 500 palavras apresentado em sala, durante uma aula da saudosa matéria Técnicas de Pesquisa em Economia, escrevo este outro ensaio, na forma de post, neste ambicioso projeto, o Projeto 42.
Sob o olhar crítico do Prof. Shikida, pude perceber o quão imaturo - em termos econômicos, na minha opinião - eu me saí com o ensaio sobre os jogos eletrônicos (daqui para a frente os trataremos como Games). Meu trabalho estava sem dados, apenas era a minha opinião e claro, reflexos de alguma experiência pessoal no tema.
Bem, aqui estou, e pretendo discutir o tema com mais ímpeto e com evidências. Vamos lá!

Ao buscar informações sobre uma determinada empresa brasileira que produz e publica Games em âmbito nacional, me deparei com esta matéria do site "IDG Now!". Ela discute o tema do mercado de Games no Brasil. Apesar de ser antiga, mostra atualidade nos fatos. O Brasil sempre teve um grande potencial no ramo do entretenimento eletrônico. No mercado de video games o país teve seus anos dourados no final dos anos 80 e início dos 90, com a Tec Toy, que era a representante oficial da SEGA (empresa mundialmente famosa no ramo com ícones como Sonic) no Brasil. Recentemente a única empresa envolvida no mercado de video games era a Gradiente, através da Gradiente Entertainment LTDA., esta, por sua vez, representava uma outra empresa de reconhecimento mundial, a Nintendo. O mercado sofreu oscilações positivas e negativas, e o resultado é que não há mais nenhuma empresa que atue no mercado de video games no país que, diga-se de passagem, é o mercado de entretenimento eletrônico que mais movimenta recursos no mundo. Um fator que justifica o desinteresse das empresas nacionais é a pirataria, que prejudica muito o mercado, e foi um dos fatores declarados pela Gradiente para o fim da parceria com a Nintendo.
Já o setor de Games para PC possui representantes no país, e, apesar da pirataria, esforça-se para se manter de pé. Mas não como deveria, segundo Reinaldo Normand, autor da matéria do IDG Now!. Ele enfatiza o desinteresse das empresas nacionais nesses dois segmentos citados, por parte dos publishers (empresas que se encarregam de "trazer" os softwares), dos comerciantes e até mesmo dos consumidores. Não há interesse em divulgar, popularizando os softwares de entretenimento, pois o potencial destes é ignorado. As softhouses se esforçam em suas produções, e produzir certos Games é muito caro, às vezes mais caro do que um sucesso de bilheterias no cinema. Isso multiplica o desconhecimento da população acerca desta cultura (desculpe Shikida, mas é isso mesmo!) o que torna o investimento de fato inviável.
Uma pena todo este complô para que o Brasil não se envolva nesse mercado. Notícia recente do site WNews publicou estimativas sobre a movimentação financeira proveniente do entretenimento eletrônico, na qual o Brasil tenta fazer parte. Apesar da pirataria, o país tenta driblar a falta de uma cultura gamística, com ninguém menos que o nosso Ministro da Cultura, Gilberto Gil, que, sobre a liberação de recursos para o incentivo à produção nacional afirmou: "Essa é uma das formas de fazer com que não sejamos apenas importadores de games, mas também criadores", divertindo-se em uma feira de Games em São Paulo. No caderno de tecnologia do Estadão.
Infelizmente uma declaração deste tipo não é o bastante para mudar o mercado de uma hora para outra, claro que não. Isto quer dizer que deveriam ser promovidas mais feiras e eventos do tipo? Talvez. Deveriam haver incentivos para as empresas? Quem sabe. O fato é que alguns momentos na frente dos bongôs do jogo Donkey Konga foram suficientes para que o país ganhasse um representante de peso na defesa da cultura gamística. O que mostra que o país está no rumo certo.
Seja como for, o que vale é a intenção.

O lado bom da corrupção

Por incrível que pareça, em pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, através de um estudo chamado "Índice de Condições de Vida" (ICV) , Brasília é a capital brasileira com melhores condições de vida, com base em uma análise de 12 aspectos agrupados em cinco dimensões: renda, educação, infância, habitação e longevidade.

Esta matéria foi publicada pelo portal Invertia e publicado na quinta feira última no site.

O lado interessante desse estudo, evidentemente, fica com relação aos discursos hipotéticos, ou não, de nossos nobres deputados, senadores ,vereadores, prefeitos e todos interessados em ingressar na carreira política. Quem sabe não veremos declarações um dia do tipo: "Vote no Zezinho, ele rouba, lava dinheiro sujo mas é cabra macho e assume, e ainda ajuda Brasília a ser a cidade número 1 do Índice de Condições de Vida pois ele mantém através de muito suor de seu trabalho honesto, uma escola para crianças carentes e ainda conseguiu construir e manter uma vila para um grupo de índios perdidos morarem em paz, sem ninguém para atear fogo em indiozinho nenhum no meio da calçada. Por isso nas próximas eleições não se esqueça, Vote no Zezinho; esse é gente que faz."

Ou então um argumento de algum intelectual regional: "Não se sabe como, mas fomos projetada para ser a capital brasileira da corrupção (???) e por conta dos esforços individuais de cada cidadão brasiliense, ao invés de conseguirmos transformar Brasília num polo nacional da corrupção, do crime e da lavagem de dinheiro, algo deu errado e viramos a capital brasileira com melhores condições de vida.."

Como tudo na vida tem 2 lados, até a corrupção tem o seu lado bom, e quem sabe o pessoal por lá matenha o discurso econômico de que o custo marginal de se roubar, lavar e desviar 100 reais a mais dos cofres públicos pode gerar 0,00000001 ponto percentual a mais no indicador de condições de vida, sendo assim necessária, indispensável e socialmente eficiente para se atingir o nível ótimo, a corrupção na capital brasileira projetada por Oscar Niemeyer na década de 60.

O velho problema do spread bancário...

Seguindo hoje pela internet, infelizmente encontrei essa notícia no Valor Econômico que fala que mesmo com a Selic caindo, os bancos comerciais não abaixaram as taxas de juros. O argumento varia do lag entre a queda da Selic e o tempo necessário para as taxas cairem até o aumento do juros no cheque especial. A questão é: Há cartel no mercado de bancos de varejo brasileiros ou seria uma situação de concorrência oligopólistica devido a um baixo número de instituições financeiras? Existem argumentos para os dois lados. A Febraban ( seguindo a lógica dos bancos ) afirma que:

"Alguns números mostram como a formação das altas taxas de juros envolve fatores que estão fora do alcance do Setor Financeiro· Por exemplo: basta dividir o lucro do sistema bancário, da ordem de R$20 bilhões, pela carteira de crédito que é superior a R$400 bilhões, para verificarmos que o spread líquido dos bancos é inferior a 5% ao ano"

Pra falar a verdade não sei se pode ser calculado do spread dessa forma, mas acho no mínimo estranho, pois já ouvi dizer inúmeras vezes que o spread bancário brasileiro é o maior do mundo.
A Febraban ainda afirma que no Brasil ocorre o efeito "crowding out", que o governo, com sua dívida, acaba atraindo maior parte do crédito para si mesmo e dificulta o crédito do setor privado. Seguindo essa mesma linha de pensamento José Luís Oreiro e Luiz Fernando de Paula ( Valor Econômico, 12/01/2005 ) argumentam que:

"Portanto, incerteza no ambiente macroeconômico que envolve os bancos é uma importante causa dos elevados spreads no Brasil. Assim, quanto mais instável for a economia do País - por exemplo, quanto maior for a variabilidade da taxa de inflação e da taxa de câmbio – maior deverá ser o spread bancário. Se isto é verdade, então a adoção de políticas macroeconômicas que visem a celeração do crescimento econômico, bem como a redução do nível e da volatilidade da taxa básica de juros poderão ter um efeito positivo no sentido de reduzir os spreads bancários no Brasil. Sem isto, medidas de natureza microeconômica visando a diminuição do spread poderão, mais uma vez, se revelar inócuas."

Do outro lado, há quem diga que o spread é muito alto para a atual conjuntura econômica do Brasil e que é devido as altas taxas de juros + spreads altos que os bancos brasileiros continuam batendo récordes de lucratividade. A nova lei de falências aprovada no início do ano, tem por uma de suas finalidades diminuir o risco do crédito no país. Mas pouco se observa na queda dos juros. O próprio presidente do BNDES, Guido Mantega afirma

"O spread médio que nós praticamos é de 2,5%, e temos os mesmos custos e os mesmos riscos que os bancos privados. Então, eles poderiam trabalhar com taxas de spread menores"

Esta discussão gera todos os tipos de argumentos. O problema é que no final, quem acaba perdendo são as micro empresas e pessoas físicas que não contam com crédito barato para projetos, empreendimentos e mudança intertemporal no consumo.

“Será que o Sinfrônio morreu cego”????

Foram proibidos, na cidade de Roma, os pequenos aquários esféricos para peixes que, segundo defensores dos direitos dos animais, são cruéis. De acordo com um jornal local, aquários redondos provocam cegueira, além de não fornecerem oxigênio suficiente.

Em 2004, o Parlamento aprovou uma lei que estabelece multas e prisão para quem abandonar seus animais de estimação e, em abril de 2005, na cidade de Turim quem não sair com seus cães pelo menos três vezes ao dia terá que desembolsar a quantia de 500 euros.

Esta lei que proíbe o uso de aquários esféricos impediu também que pequenos animais sejam dados de brindes. Lembro-me com pesar do meu peixinho, o Sinfrônio, que ganhei aos 6 anos numa festinha de aniversário de um dos meus primos. Ele veio num saquinho de plástico com água e foi colocado num destes aquários pequenos e redondos. Infelizmente agora, começo a questionar-me se sua rápida passagem pela minha casa foi causado pelo seu apertado habitat e o que serão das lembrancinhas dadas nas festas infantis e em feiras de agora em diante.

Segundo a CRMVBA (Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia), ainda não foi esclarecido como a nova legislação será implementada, mas serão recrutados novos funcionários para a polícia municipal.

Fiquei tentando imaginar quais seriam os impactos econômicos de tais proibições. Um deles seria a necessidade de mudança dos fabricantes deste tipo de produto na qual teriam de ser desenvolvidas novas tecnologias e aquários que não prejudicassem os peixes. Num primeiro momento isso causaria um aumento nos preços dos outros tipos de aquário devido ao aumento da demanda por estes. No entanto, fornecedores e vendedores de aquários sofreriam com esta medida uma vez que a alta dos preços funcionaria como um desincentivo para a compra de aquários e, em conseqüência, de peixes (prejudicando também seus criadores). Haveria também o acúmulo de estoques de aquários redondos, aumentando ainda mais os prejuízos dos fornecedores, donos de pet shops e lojas especializadas.

Num segundo momento, as pessoas irão enfrentar um tradeoff entre gastar tempo e dinheiro (que vai desde passear regularmente com os seus bichos de estimação até a compra de aquários maiores e mais modernos) e ficar sem os bichinhos que, segundo Monica Cirinna, conselheira responsável pela lei, “(...) em troca de um pouco de amor (nossos animais) preenchem nossa existência com sua atenção”. E por último, as medidas, além de melhorarem o bem-estar dos animais de estimação, provocarão o surgimento de novos postos de trabalho para fiscalização, compensando assim os impactos negativos causados pelas leis.

Sobrou até para as máquinas....

ARRRRIBAA!!!!!

Li uma notícia na quinta feira passada, na qual estava relatado a restrição de outros países na compra da carne brasileira pela descoberta de um foco de febre aftosa no Mato Grosso do Sul. Já são 47 os países que restringiram a total ou parcialmente a compra da carne brasileira. Está notícia é de deixar os exportadores de carne preocupados, porém o que me chamou a atenção foi outra informação, a Indonésia restringiu também produtos de origem vegetal (farelo de soja), máquinas e equipamentos.

Não se sabe ao certo se a restrição é somente para a carne do Mato Grosso do Sul ou se é para todo o país. Se o embargo é para todo tipo de carne ou se é de algum tipo específico. Que a restrição à compra da carne contaminada aconteça eu compreendo, porém não tenho notícia de que o insumo para fabricação de máquinas e equipamentos é a carne. Posso não estar abstraindo o bastante qual a intenção econômica da Indonésia com essa restrição, a única coisa que consigo imaginar é que, já existia uma vontade por parte deles de restringir a importação de produtos brasileiros e o problema da febre aftosa foi a deixa para isso acontecer.

O Brasil exporta carne para mais de 145 países, imagina se todos os países que restringirem a importação de carne começarem à embargar também outros produtos que não têm relação com a febre aftosa. Nem quero imaginar. O Brasil estaria em maus lençóis.

Mais uma sobre expectativas...

Outro dia, estávamos lanchando no quarto andar da faculdade, quando o nosso amigo Saulo começou a contar da sua experiência no dia anterior com o rodízio de pizzas que eles (Saulo, Diego e Down) haviam ido. Disse-me que não estava passando muito bem naquela manhã, sofrendo de fortes dores abdominais. No primeiro momento parecia que a causa daquele mal estar eram as pizzas proferidas no dia anterior, mas como nem o Diego e nem o Down tiveram o mesmo problema algo de estranho tinha nessa conclusão. Na verdade, o problema estava nas condições biológicas do colega, que relatou que toda vez que come muito (independente do tipo de comida) sofre dos mesmos tipos de dores. E nesse momento me veio uma viagem de economista.

Lembrei-me das tão faladas expectativas, mais especificamente da expectativa adaptativa. De acordo com esse tipo, as pessoas se baseiam em observações do passado para formarem suas expectativas quanto ao tempo futuro. Sendo assim, nosso caro colega Saulo não utilizou de seus conhecimentos adquiridos nas aulas de economia. Dado que já tinha passado mal em outra oportunidade que comeu muito, deveria aprender com o passado e não comer abundantemente outra vez.

Na verdade não quero fazer uma crítica ao Saulo, mas apenas dizer que em muitos casos expectativas adaptativas são as únicas maneiras de se tirar conclusões com relação ao futuro, dado que a única informação que temos é com relação ao passado. Quando o tema é lecionado em salas de aula, para muitos alunos, pelo menos é a impressão que me deixou, fica a idéia de que um individuo que se utiliza de expectativas adaptativas é um ser, podemos dizer, “inferior”. Em muitos casos, informações quanto ao futuro são impossíveis de se obter, em outros tais informações possuem custos tão elevados que a melhor maneira de se reagir é observando o passado mesmo.

Portanto, fica aqui apenas um comentário de uma experiência de certa forma ridícula, mas que me levou a pensar na importância das expectativas adaptativas em nossas tomadas de decisões.

2º maior superávit da história, mas queda do investimento extrangeiro!

A principal notícia de hoje, 29/11/05, das páginas do caderno de economia tanto do jornal Estado de Minas quanto da Folha de São Paulo, tem como destaque a queda do volume de investimento extrangeiro no país em setembro.
Segundo informa a notícia, em setembro os investimentos foram de apenas US$ 43 milhões, o menor desde março de 1995 (quando foram de US$ 22 milhões). Em relação a setembro do ano passado (quando os investimentos equivaleram a US$ 646 milhões), a queda foi um absurdo de 93,4%.
Segundo Altamir Lopes, chefe do departamento no BC, o resultado ruim do mês passado é conseqüência da concentração de retorno de investimentos ocorrido além de alguns ingressos que de acordo com ele não se confirmaram.
Apesar da queda de investimento extrangeiro no mês de setembro, esse mesmo mês apresentou o segundo maior superávit da história em nossas contas externas, com um saldo positivo de US$ 2,380 bilhões (perdendo apenas para julho deste ano, quando as contas atingiram US$ 2,592 bi.).
Nossa balança comercial colaborou com o resultado, apresentando superávit de US$ 4,329 bilhões. Já a conta de serviços e rendas teve um déficit de US$ 2,246. As transferências unilaterais colaboraram com um saldo positivo US$ 298 milhões.
Apesar do superávit, vale lembrar que o risco de perda de controle da inflação está relacionado com o volume de investimento extrangeiro no páis, uma vez que através dele é obtida a sustentação da retomada do crescimento econômico, que possibilita as empresas ampliarem sua capacidade de produção e oferta de bens e serviços.

Essa tal Lei Pelé!

Recentemente criada, a lei Pelé possibilita aos jogadores de futebol o chamado “passe livre”, o que quer dizer que após término do contrato de trabalho com o clube o jogador não teria mais nenhum vínculo com o mesmo (entende-se que “passe” não é um contrato de trabalho mas sim um vínculo esportivo (de atestado liberatório) do jogador com o clube). Essa lei favorece bastante aos jogadores ao mesmo tempo em que prejudica os clubes. Além disso, a lei teve influência direta na oferta de jogadores do futebol brasileiro.

Antes da criação da lei Pelé os clubes poderiam obter todos os direitos de passe dos jogadores (um jogador só podia ser transferido de um clube para outro mediante consentimento do clube detentor do passe). Dessa forma os clubes possuíam total controle sobre o jogador, podendo barganhar seu preço na hora da venda ou simplesmente retendo-o no clube até quando achar conveniente (vale dizer que mesmo com o término do contrato de trabalho do jogador com o clube, o mesmo não poderia ser transferido, ou seja, assinar contrato de trabalho com outro clube, se seu clube de origem detivesse seu “passe”). O passe era portanto, uma garantia de retorno do investimento feito pelo clube.

É sabido que uma equipe de futebol sobrevive de duas formas: 1ª através da venda de imagens (patrocinadores, TV, etc...) e venda de ingressos, e a 2ª, e mais importante, venda de jogadores revelados. A 2ª maneira é, obviamente, a que se obtém maior retorno. Porém, é bom ter em mente que revelar jogadores tem todo um custo para o clube. Investimento em infraestrutura, comida e passagem para os jovens jogadores, despesa com “olheiros” (espécie de buscadores de novos talentos), campos de revelação, etc...

Percebemos que a lei Pelé possui portanto dois pesos e duas medidas. O primeiro fator que deve ser levado em conta é o lado dos clubes, que hoje precisam calcular meticulosamente o gasto de se revelar um jogador para depois perde-lo ou vende-lo por um preço muito abaixo do esperado. O segundo fator é o lado dos jogadores que antes eram prejudicados pelos clubes, não sendo vendidos quando os mesmos achavam conveniente, sendo o passe considerado como um regime “semi-escravo”. É justamente devido a lei pelé que hoje observamos um grande número de jogadores em países como Turquia, China, Dinamarca, Rússia, etc... países que não oferecem um bom mercado como o Espanhol, o Inglês e o Italiano por exemplo. Segundo estatísticas da Fundação Getúlio Vargas, o futebol movimenta hoje no mundo cerca de US$ 250 bilhões, e só no Brasil o montante equivale a US$ 32 bilhões. Grande parte dessa quantia devido as grandes negociações de nossos clubes que, a cada dia, se tem diminuído graças a lei pelé.

Podemos considerar que a lei Pelé revolucionou a oferta de jogadores no futebol brasileiro, e que ela realmente protege mais o atleta do que o clube revelador. Mas também é sabido que antes da lei, o chamado “passe” servia como um regime quase que escravista dos clubes contra os atletas, uma vez que (como já mencionado acima) o passe não caracteriza contrato de trabalho. A única maneira que um clube pode assegurar o seu investimento hoje é através do contrato de trabalho com uma alta clausula de indenização, o que difere muito do passe, reformulando assim toda a oferta de jogadores de futebol, uma vez que o jogador que tende ser uma "promessa" pode se revelar não sendo de fato.

Friday, October 28, 2005

Expectativas em TUDO

Eu tenho acompanhado o mercado (Bovespa) já a 3 anos e uma coisa que percebi foi que os preços da ações, opções, títulos, boi, café, enfim, tudo gira em torno das expectativas muito mais do que os próprios acontecimentos. Se sai uma notícia de que a petrobrás vai aumentar o preço da gasolina, o preço da ação sobe, quando o preço da gasolina sobe de fato, a ação "finge que não escutou". Se há uma previsão de um furacão passar por algum lugar nos EUA, o preço do petróleo sobe, mas se por algum acaso o furacão perdeu forças, o preço volta a cair, mas aí já houve reboliço principalmente nas bolsas dos países emergentes como o Brasil.

É muito interessante, no entanto, notar que não só as decisões de compras e vendas de ações ou decisões de projetos a serem feitos, são baseados na expectativas das pessoas. Para tudo há uma expectativa. Expectativa de que presente ganharei no natal, de como será minha (ou de qualquer pessoa) viagem de carnaval para Salvador, ou o beijo de uma pessoa, que horas e o que vou comer da próxima vez, e todas as vezes, sem exceção, o resultado é diferente do que esse alguém esperou. Talvez seja por isso que existem sentimentos. Se você já soubesse exatamente o que iria acontecer a cada momento da sua vida, haveria motivo para anciedade, alívio, angústia, felicidade, tristeza ou alegria?

Redução do imposto pode aumentar a arrecadação

O problema da carga tributária no Brasil é uma questão antiga e que me fez pensar por algum tempo sobre a curva de Laffer, que relaciona a alíquota do imposto com a arrecadação do governo.
Hoje ao abrir a Gazeta Mercantil, logo vi uma manchete em que o governo aprova benefícios tributários com a chamada MP do Bem, que atende a uma das principais demandas do setor produtivo com a redução da carga tributária para novos investimentos.
De acordo com lideranças do governo no congresso nacional, os incentivos aprovados resultarão em perda de arrecadação de cerca de R$5 bilhões por ano. Mas como indivíduos racionais respondem a incentivos, o estimulo a novos investimentos é inevitável e apenas seis desses novos investimentos, como o projeto de implantação de usina siderúrgica integrada para a produção e exportação de placas de aço em Sepetiba (RJ) e o projeto para a construção da fabrica de papel e celulose em Três Lagoas (MS), seriam da ordem de U$10 bilhões.
Sem duvida a aprovação da MP do Bem é um alívio para o setor produtivo, pois será possível viabilizar novos investimentos afetando diretamente a taxa de crescimento da economia nacional e possivelmente a perda de arrecadação anual seja mais do que recompensada médio prazo.

Link:www.gazetamercantil.com.br

Furacão Stan aumenta o preço do café

Os exportadores brasileiros de café poderão ser beneficiados pela passagem do furacão Stan pela América central e pelo sul do México que causou enchentes e deslizamentos de terra em cafezais do México, Guatemala e El Salvador que respondem por uma produção de 4,5 milhões de sacas.
No sul do México foram destruídas estradas, pontes e fazendas na região sede das maiores e mais antigas propriedades cafeeiras. Na Guatemala, metade da área plantada com café foi destruída ou isolada por enchentes e deslizamentos. Em El Salvador, os terrenos mais castigados incluem quatro das cinco principais regiões produtoras.
Essa quebra de safra tem como reflexo uma melhora nos preços, principalmente no mercado de cafés finos e como o Brasil é o único país capaz de suprir o mercado os produtores brasileiros serão beneficiados diretamente. O que limita os ganhos brasileiros é o tamanho reduzido da safra 2004-2005 de 33 milhões frente aos 50 milhões da safra 2002-2003.

link:www.revistacafeicultura.com.br

Assimetria informacional em cursos superiores

Alô Moçada! Bão "Tamém!"

No dia 18 desse mês a professora da USP - Yvette Piha Lehman - efetuou uma pesquisa para saber o motivo da evasão de alunos no curso superior. Vou apenas sintetizar os dados que encontrei no site : http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u17930.shtml
Dos alunos que abandonam o curso;
44,5% - Por falta de informação sobre a faculdade ou sobre o mercado e por pressões dos pais
30,7% - Não gostaram da estrutura do curso
13,4 - Insatisfeitos com o mercado de trabalho e com a profissão
10,5 - Problemas familiares, financeiros, afetivos
1% - Não se adaptar à cidade em que ela se localiza

Para efeito de curiosidade encontrei mais dados sobre informação coletados foram encontrados no site da Folha - http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u17933.shtml - http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u17931.shtml - dizem respeito a porcentagem de quantos alunos abandonam o curso superior no estado de SP.

Universidades Públicas - Variam entre 9,1% e 13,3%
Universidades/Faculdades Particulares - 14,5%

Pode ser que a porcentagem maior de desistencias em escolas particulares seja pelo efeito da renda.

De todo modo, nós todos já passamos pela questão da indecisão na hora do vestibular e todos, com certeza já se perguntaram se o que fazem é o curso certo. Além do mais, passamos pela evidencia empírica da nossa sala de começar com 50 alunos e hoje estarem aproximadamente 10 dos que iniciaram.

Que, no Brasil, há assimetria informacional na hora da escolha do curso é inegável. E essa assimetria gera um custo social além de que um custo financeiro para as Universidades, no sentido de investir no aluno e não obter retorno, além de gastos com provas de trasferências para preencher as vagas. Por parte do aluno têm-se o custo de oportunidade, que ao invés de estar estudando o que não gosta, poderia simplismente ir trabalhar, ficar à toa, ou mesmo tomar uma cervejinha tranquilo da vida.
O que as instituições de ensino agora buscam, são formas para diminuir a desistência do aluno, criando fóruns para discussões das profissões antes mesmo do aluno prestar o vestibular. Também procuram estabelecer uma orientação vocacional dentro da universidade para minimizar o efeito ta dúvida sobre a profissão e o mercado de trabalho. Nas instituições privadas são elaborados planos de crédito e financimento para alunos de baixa renda.
Concluindo, por mais que se diga que o aluno deve procurar informações sobre o curso que pretende fazer, parece que pelo menos no Brasil, ele não o faz.

PS :Eu procurei, procurei, mas procurei durante umas 2 horas esses mesmos dados para outros países, mas ou por incompetência minha ou por inexistência dos dados não encontrei mesmo. Depois fiquei viajando sobre o efeito da mensalidade na desistência dos alunos. Sei lá, fazer uma função onde A desistência depende da renda do aluno, de variações na mensalildade e alguma variável sobre o nível de satisfação com o curso......to viajando já....

Desemprego em BH cresce mais para quem tem 3º grau

Na grande BH o desemprego entre as pessoas que tem o terceiro grau concluído aumentou de 5,9% (2004) para 6,2% neste ano, conforme noticia publicada segunda-feira (24/10/2005) no portal uai, embasada em pesquisa feita pela UFMG/Cedeplar.

Esta noticia nos diz que está havendo um desequilíbrio entre oferta e demanda por mão de obra qualificada. Agora o que nos interessa saber é o motivo para este desequilíbrio. Certamente isto esta ligado com, mas não apenas, ao fato de consecutivos anos de crescimento econômico no país situado em torno de 3%, o que não tem gerado condições para que surjam novos cargos os quais dependam de melhor nível de instrução para ocupá-los. Consequentemente a saída para um recém graduado tem sido ocupar funções técnicas ou até mesmo níveis inferiores a este que desmerecem ainda mais a capacidade adquirida por ele. Porém há algo de bom nisso, no futuro quando esta pessoa tentar outro emprego muitos empregadores não vão poder falar que esta lhe faltando experiência de trabalho. Porém o que ocorre é que o candidato terá experiência em um nível inferior ao desejado por ele, então muito possivelmente vai conseguir uma vaga de nível inferior à desejada. Então mesmo sendo detentor de experiência em algum ramo de atividade, ele não será visto com bons olhos pelos empregadores a um determinado nível para ser recompensado com um emprego no qual seja mais valorizado. Pensando bem o critério experiência não foi tão bom assim. A saída para este coitado sofredor pode ser tentar especializar-se mais, para que assim talvez seja de fato reconhecido como uma mão de obra qualificada. Porém neste momento ele terá um custo benefício a ser medido, que é justamente o desta especialização, para que não tenha custos a enfrentar o resto da vida recebendo propostas de emprego as quais desmerecem o seu nível de instrução. Pode ser que ele consiga fazer uma especialização como bolsista e que no final desta especialização possa ser considerado pelo mercado como alguém que acabou de terminar a graduação... Pelo menos nesta situação ele não teve gastos financeiros com esta especialização (por ser bolsista), para ter enfim o seu real nível de 3º grau reconhecido pelo mercado.

Violência impede que BH tenha um melhor índice de qualidade de vida...

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) por meio do Instituto Brasileiro de Economia divulgou quarta-feira (26/10/2005) um índice medindo as condições de vida nas regiões metropolitanas e suas implicações econômicas. A pesquisa foi realizada em 11 regiões metropolitanas e dentre elas está Belo Horizonte. Este índice foi calculado baseando-se em critérios tais como renda, serviços básicos, poluição e segurança. BH ficou classificada como sendo a 5ª melhor região metropolitana para se viver no Brasil, porém poderia ter tido mais sucesso nesta classificação se o quesito segurança não fosse tão reclamado pelos entrevistados.

Dentro deste contexto, a pergunta que faço remetendo às implicações econômicas desta pesquisa é a seguinte: os investidores que já estão instalados em BH e os possíveis investidores que poderão vir a BH serão influenciados em suas decisões de investir mais pela boa classificação da cidade no ranking (5º lugar) ou mais pela crescente violência e que esta sendo vivenciada nesta cidade?

Uma boa qualidade de vida pode estimular o investimento pelo fato de que mais pessoas tendem a ficar na cidade e outras pessoas que estão procurando um lugar melhor para se viver tendem a se deslocarem para estes lugares, o que consequentemente aumenta o contingente de consumidores. Além disto, pessoas que estão vivendo em um lugar o qual estão lhe proporcionado melhor qualidade de vida, tendem a serem relativamente mais produtivas às pessoas que vivem em lugares com piores índices de qualidade de vida por estarem, como se diz “de bem com a vida”, o que possibilita uma melhor interação destas pessoas no seu ambiente de trabalho. Se a decisão for levar em consideração a relevante classificação da cidade no ranking, acredito que investimentos tenderam a ser mais expressivos ao passo que se a percepção sobre uma falta de segurança tiver um impacto maior na decisão de investir, acredito que menos investidores ficaram estimulados a realizar investimentos.

É claro que esta conclusão a que cheguei não esta baseada em nenhum estudo intensivo sobre estas variáveis. Para se ter uma definição melhor do assunto, deveríamos fazer analises tais como: o perfil destes novos consumidores que podem migrar para a cidade para assim determinar em que investir e o montante de investimentos que isto pode gerar, a produtividade dos trabalhadores perante uma situação de mais ou menos violência e assim compararem o montante de investimentos gerados entre investimentos realizados quando o índice de qualidade de vida for mais relevante na decisão de investir e os investimentos realizados quando a violência for mais relevante nesta tomada de decisão de investir (afinal de contas nas duas situações investimentos não deixarão de serem realizados) para ver o impacto destas variáveis na queda ou aumento dos investimentos.

Link referente ao assunto: www.pocos-net.com.br/Noticia.asp?id=6494

Princípio 4 do Mankiw

Particularmente, eu acho muito interessante os 10 princípios do livro “Introdução a Economia” do Mankiw. Principalmente os que retratam características dos seres-humanos que acabam por explicar alguns caminhos do funcionamento da economia.
Neste post eu quero falar especificamente do princípio 4: Pessoas Respondem a Incentivos. Vou explicar por que. Não sei como era o pensamento das pessoas a uns 10 anos atrás (ou mais), mas hoje, em uma empresa, é difícil esperar que os trabalhadores façam o “algo a mais” sem que seja oferecido algum prêmio ou alguma bonificação, seja ela qual for.
A meritocracia tem sido uma das principais estratégias responsáveis pelo aumento de rendimento e ganho de competitividade nas empresas. Mais do que nunca, para se dedicar ao trabalho, não basta somente o salário fixo (alto ou baixo), é necessário que o funcionário esteja engajado com o processo participando do resultado final.
Inúmeras empresas apostam na meritocracia, exemplo é o que não falta. Assistindo uma palestra do dono do HABIB`S, este contou que certa vez colocou uma bicicleta mountain bike como prêmio para o gerente que atingisse o maior patamar de vendas. O resultado foi um crescimento enorme das receitas, em algumas unidades passando até de 50%.
O funcionário da Ferrero Rocher que se destacar nas vendas vai poder ganhar um prêmio inusitado: a oportunidade de disputar uma partida de futebol contra um time de celebridades no torneio do Gol de Letra, o jogo acontecerá no estádio Morumbi. Se eu estivesse trabalhando nesta empresa, me mataria de trabalhar pra ganhar esse prêmio. Imagina jogar no Morumbi? Meu D´us...
Bom, um exemplo que eu gostaria de contar também, é da empresa que eu administro. Minha primeira experiência com bônus também foi surpreendente. Ofereci R$ 100,00 reais de bônus para as recepcionistas se estas conseguissem recuperar 90% das dividas anotadas na nossa lista de inadimplência. O resultado, que durante um ano e meio não saia dos 50%, foi os incríveis 98%.
Fiquei pensando, por que a maioria das pessoas não dá seu máximo no trabalho sem que aja um incentivo a mais? Será que o nível de salário é baixo ou só o fato de se estar disputando por algo extra provoca esta reação de esforço máximo?
Não achei resposta, só sei que funciona, e funciona com todo mundo e em todas as situações, não só no meio empresarial. Sala de aula é um grande exemplo, veja o tanto que seu rendimento é aumentado, ou pelo menos seu esforço para tal, quando é oferecido ponto extra ou qualquer outra coisa. Claro que você tem que estar precisando dos pontos.

Então, trabalhadores e alunos de todo o mundo, não se esforcem ao máximo e nem superem os resultados esperados, pois desta maneira estarão acabando com os prêmios e os salários extras oferecidos.

Lembretes

Não é demais lembrar que comentário não conta como post (acho que ninguém pensou assim, mas é bom alertar). Além disso, tem gente que veio me perguntar - por email - hoje, apenas hoje, como faz para isto ou aquilo no blog.

Eu lembro que avalio tudo neste blog. É um trabalho. As instruções estão aí ao lado e - só não é óbvio para quem não quer ver - eu estou, sim, avaliando o interesse, o empenho, o esforço.

Note, caro(a) leitor(a), que em momento algum eu limitei (e nem limitarei) a liberdade dos temas. Temos desde o coordenador do IBMEC até eu mesmo, passando por absorventes e mercados ilegais. Mas não há liberdade para não-cumprimento de regras.

Outro lembrete: foi estabelecido em sala que a semana é "segunda-sábado", a pedido dos alunos (por mim ficavam cinco dias, mas eles mesmos pediram). Ou seja, cada domingo é um dia da próxima semana. Do the math, guys.

A experiência do Projeto 42 está sendo interessante, em todos os sentidos. Mesmo que alunos percam pontos por absoluta leniência, terá sido uma boa experiência.

Aguardemos o desenrolar dos fatos neste belo dia nublado.

E agora que NÃO....

Aviso prévio --> não quero entrar na questão de qual está certo (SIM ou NÃO). Quero transparecer o que acontece realmente, aos meus olhos, indiferente de SIM ou de NÃO.

Com o final do referendo uma conclusão ficou clara para mim, tirando a prática do exercício da democracia, nada, absolutamente nada vai mudar para melhor na segurança da população brasileira. Uma matéria do jornal Estado de Minas (26 de outubro de 2005, caderno Nacional pg12) pode retratar um fato que não é “privilégio” de Minas Gerais.
O governo federal prometeu a liberação de uma verba de R$ 9 milhões de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP). Está quantia foi considerada irrisória pelo secretário de Estado de Defesa Social e de Planejamento. Infelizmente ficou na promessa. Não chegou aos cofres do Estado Mineiro nem um real sequer. Na verdade, o governo mandou setenta viaturas totalizando um valor de R$ 3 milhões. Se nove milhões era pouco, imagine a diferença que deve fazer, no geral, setenta viaturas. O governador Aécio Neves prometeu investir, só com recursos próprios, R$ 172 milhões no setor até o final do ano. Compare isto com os R$ 275 milhões gastos pelo governo com o referendo.
Aguardando o cumprimento das promessas, resta à população atentar-se aos perigos do crime. Cuidado no sinal. Cuidado nas ruas. Cuidado nos bancos.
Aguardando o investimento no setor de segurança, gastamos mais em produtos que minimizam nosso risco de perda por assalto (alarmes, cachorros, câmeras, cercas e etc.), ou simplesmente consumimos menos por medo de sermos roubados. O professor Fábio Reis (Ibmec-mg) tem um estudo interessante nesta área onde modela o impacto da criminalidade na economia.
Ficaram duas coisas:
Um, a idéia de se consultar a população para as decisões do país é ótima, porém, eu gostaria de ter saído de casa para votar em algo que realmente ia mudar alguma coisa. Exemplo:
1) Maluf e Malufinho devem continuar na cadeia?
1 NÃO 2 SIM
Por último resta meu sentimento de que o governo segue sem investir, a corrupção continua enorme e os setores de segurança, saúde e educação estão longe do ideal, fosse SIM ou NÃO o ganhador, o Brasil é assim!


Agora só começando do zero....

Wednesday, October 26, 2005

Bem "Ibmec"

Numa das visitas do nosso ilustríssimo coordenador VanDyck Silveira entrou em pauta na discussão as causas do surgimento de um novo tipo de bem, que não era nem o bem de Giffen, nem um bem inferior nem um bem "superior", ou normal (nem me lembro). As características desse novo bem Ibmec é, segundo nosso "boss", o fato de ser um bem em que o consumidor final pagava (caro) por ele , mas fazia um grande esforço para não consumí-lo, se referindo ao nosso esforço de imendar feriados e matar a maior quantidade de aulas permitidas.

Tenho que concordar com VanDyck que numa ótica de curto prazo, acabamos por seguir a lei do menor esforço. Estudamos apenas o suficiente, mas tenho algumas observações a adicionar à este raciocínio. Qual o verdadeiro produto vendido pelo Ibmec? O diploma ou a educação e disciplina? Se considerarmos que é pelo diploma, então temos na mão um bem que vamos ter que aumentar o nosso trabalho para completá-lo, e ainda gastar com livros, xerox, transporte, etc., ao contrário de bens bons como carros, tesouras, computadores, que nos ajudam a realizar diversas tarefas. Resolvi nomear os bens que nos ajudam como "bens bons" enquanto o bem Ibmec como "bem mau", de malvado mesmo, pois são bens que nos dão trabalho.

Então, porque queremos consumir um bem desses? Justamente pela outra ótica desse bem, pela educação e pela disciplina que aprendemos na faculdade, pelo retorno no longo prazo que este bem pode nos fornecer, e pelo bem estar futuro.

Agora, que já classificamos o comprador e o vendedor deste mercado devemos entender o porque então de seguirmos a lei do menor esforço. Nste ponto da faculdade e do post, já podemos entender o trade-off que temos na mão. Por um lado temos a vontade de passar nossas quartas, quintas e sextas numa piscina, tomando uma cervejinha, vendo a mulherada sarada de biquini, por outro lado, queremos nos formar, sermos reconhecidos no mercado como bons profissionais, ganharmos muito dinheiro, sermos ricos e ganharmos muito dinheiro. Temos em mente que mais tempo dentro de sala de aula aumentam as chances de realizar nossos sonhos, mas convenhamos que não será mil maravilhas dentro de sala com professores puxando nossas orelhas a cada piscada nossa.

Tuesday, October 25, 2005

Entre a Clara e a caldeirinha

Povo do além ermo!!

Li uma notícia hoje que me deixou triste, porque afirma aquilo que a Clara (e por isso o trocadilho do título) vem me dizendo a um tempo e eu teimosamente sou contrário. O Brasil não é competitivo em vinhos, pois não obtém vantagem comparativa na produção do mesmo.

Confesso que pensei em não postar essa notícia, porque teria que dar o braço a torcer, mas um dos 534.567.789 Saulos que existem na minha cabeça gritou " O Dinei, isso não é justo" e aqui estou eu postando sobre aquilo que não queria.

A notícia afirma que os estoques de vinhos nacionais estão altos, isso oconteceu devido à valorização do real o que possibilitou a maior importação de vinhos estrangeiros. Ou seja, o brasileiro prefere consumir um vinho chileno, argentino, americano, etc, a consumir o vinho nacional que é sabido, vem ganhando qualidade ao longo dos anos (Seria isso uma questão de marketing ou nosso vinho é ruim mesmo?).

Encontrei outra notícia que afirmava que espanhóis estão pretendendo investir no vinho brasileiro, devido a uma restrição na oferta em uma determinada região espanhola, se não possuimos bons vinhos, ou não temos vantagens comparativas na produção vinicula, porque então estrangeiros estão querendo investir aqui no país?

O Brasil não possui solo propício e nem clima para o plantio de uvas mas a tecnologia empregada no plantio vem avançando o que aumentou a qualidade e a produção (talvez um dos motivos dos altos estoques também), essa informação encontrei hoje em outra notícia sobre o mercado de vinho que encontrei e que afirma que devido ao aumento da produção as vinículas estão comprando menos uvas para evitar grandes estoques, a reportagem também chama atenção para a qualidade do produto que vem aumentando.

Devido a tanta informação que hora me levam a acreditar que a Clara está correta e hora não, me levou a pensar que talves o produto brasileiro ainda não seja o ideal mas com tecnologia e conhecimento pode vir a ser ( o que já foi observado por espanhóis), assim prefiro ficar entre a Clara e a caldeirinha e de preferência tomando um chopp gelado esperando mais informações sobre essa novela.

Os furacões e seus estragos

Como todos devem saber, a mais nova celebridade meteorológica passou ontem pelo estado da Flórida, deixando mais de 6 milhões de habitantes sem energia elétrica, 8 mortes, 80 mil desabrigados e um prejuízo econômico estipulado em torno de US$ 10 bilhões. Isto sem incluir os estragos causados pelas escalas anteriores que o furacão Wilma fez : 10 mortos no México ( na península de Yucatán ) e a pior inundação dos últimos 28 anos em Cuba, com bairros inteiros e cidades costeiras do oeste da ilha, inclusive a capital Havana, cobertos pela água.

Com a passagem dos furacões ( Rita, Katrina, Wilma ) pelo Hemisfério Norte , mais de 60 plataformas e poços de extração petrolífera no Golfo do México foram temporariamente desativadas, com uma queda registrada de 90% da produção da região. O resultado óbvio disso é um choque na oferta do barril do petróleo, que pode ser comprovado pela cotação do barril de petróleo bruto na bolsa de Nova Iorque, que este ano já beirou os US$70 por conta dos problemas gerados pelos furacões Katrina e Rita que atingiram o Golfo do México e o estado do Texas, onde existem refinarias norte-americanas responsáveis por 20% do abastecimento interno.

E com mais um problema de choque de oferta externo, era óbvio que os preços das passagens aéreas brasileiras iriam seguir uma tendência de alta. E foi o que aconteceu e foi noticiado hoje pela manhã, pelo site de economia do Terra, o portal Invertia : "Passagens Aéreas sobem mais de 3%" .

O reajuste acumulado de 56,28% do querosene de aviação desde o começo do ano, levou as três principais companhias aéreas brasileiras a subir em mais de 3% o preço de suas tarifas.

Pelo visto os efeitos dos furacões no hemisfério norte também foram sentidos nas alturas...

Monday, October 24, 2005

Será que gastamos demais com o referendo?

Acho que a maioria de vocês, assim como eu, não achava necessário uma votação nacional para tentar acabar com o comércio de armas no país. Não havia necessidade alguma de gastar R$275 milhões (incluindo mesários, propagandas e demais despesas) quando em outros países já havia sido feito esse plebicito e mesmo com o "sim" ganhando, a situação piorou, como é o caso dos Estados Unidos, Inglaterra, deentre outros. Poderíamos simplesmente ter aprendido como erro dos outros e teríamos economizado R$275 milhões.

Por outro lado, esse gasto é 545 vezes menor do que nosso PIB anual, 20 vezes menor do que com o que se gasta, também anualmente, com a indústria de segurança privada. Talvez não tenha sido tão absurdo assim, pelo simples fato de estarmos promovendo a DEMOCRACIA. Talvez seja bom de vez em quando escutar a voz do povo. Não que eu seja a favor da probição do comércio, muito pelo contrário, eu votei "não", e nem estou dizendo que foi pouco dinheiro gasto, mas talvez não estamos sendo um pouco "pão-duros" com a democracia?


PS.: Dados achados no jornal Estado de Minas.

As taxas de juros no Brasil como uma repressão do lado da oferta.

Esta discussão pode parecer um pouco defasada por causa do início do ciclo de corte das taxas de juros iniciado na ultima reunião do COPOM, mas é interessante, na minha opnião, discutir os efeitos de um periodo tão longo com taxas de juros tão altas.

Todos sabemos que por qualquer modelo economico clássico, um aumento nos juros reprimem a demanda agregada por reduzir a liquidez no mercado. O efeito esperado dessa medida é controlar a inflação, que andava dando uns sustos no começo do ano. Tenho que comentar que a inflação no inicio do ano foi causada por uns o poucos itens e produtos, mas com um peso grande na hora de medir o nivel de preços. As telefonias, as energéticas, os combustíveis e algumas commodities estavam puxando o preço para cima. O remédio foi amargo e o tratamento longo para quem está do lado da economia real e produtiva.

As altas taxas de juros ficaram altas por tanto tempo que ficou desvantajoso para as indústrias que produzem dentro de país investirem em produção, pois o CDI remunerava muito melhor e com menos risco, além de encarecer o financiamento dos insumos. Como exemplo disso, a produção de aço caiu 10,5% no terceiro semestre de 2005. Não tenho dados da agricultura e pecuária, nem dos manufaturados, mas se esse efeito dos juros sobre a produção se manter por muito tempo, podemos ter um outro tipo de inflação, que a meu ver pode ser mais perigosa que um excesso de demanda. É a escassez da oferta, pois a falta de investimento pode reprimir o produção de bens e serviços de tal forma que num prazo um pouco maior teremos uma grande escassez do lado da oferta, e o que faremos? Voltaremos a subir o juros para controlar a inflação?

A noticia boa é que a inflação mostra sinais de que está perdendo força, o único item que continua pressionando é o petróleo, e o recuo dos juros promete destravar muitos investimentos no Brasil.

O benefício do contrabando

Alô Moçada!! Bão “Tamém”!

Pelas minhas viagens afora na cidade de São Paulo, eu descobri o paraíso ( ou não ). A rua Santa Ifigênia. Para quem não conhece, é uma rua com diversas galerias que vendem produtos contrabandeados. Muito parecido com o “Shopping Oi” de Belo-Horizonte, só que em proporções maiores e no setor de eletrônicos.
A questão é que os artigos são em grande parte contrabandeados e a garantia é sempre feita no “fio-do-bigode”. Inclusive tem um portal para as lojas divulgarem seus produtos e tudo mais - http://www.portaldasantaifigenia.com.br/ . É, no mínimo, estranho divulgar uma coisa ilegal dessa forma. De todo modo, posso dizer que me senti MUITO tentado a comprar as coisas lá e só não o fiz por falta de dinheiro.
Nessa minha vontade de comprar eu pensei em um gráfico para saber até o ponto em que eu estaria disposto a pagar pelo contrabando. Seria algo parecido com isso.




Eixo X – Utilidade provida pela compra do bem. A utilidade provida pelo bem adquirido de forma legal ( PL ) apresenta uma tendência constante, já que os riscos são menores. A linha PC e PC´ apresentam 2 situações diferentes que serão analisadas posteriormente.

Eixo Y – Prêmio de Risco. A diferença da forma de como se adquirir o bem seria o prêmio de risco. É fácil pensar que, na medida em que a utilidade do bem cai, o prêmio de risco também cai. O tempo também dissipa o prêmio de risco.

PL – Produto comprado de forma legal –. O benefício que se tem nesse caso é a quase confiança total na funcionalidade do bem, além da assistência técnica do bem, possibilidade de troca e tudo mais.

PC – Produto comprado de forma ilegal ( contrabando ) – A função aqui depende do fator prêmio de risco que tem como componentes:
Preço – Quanto maior o preço, menor o prêmio de risco. Na medida em que o preço se aproxima do preço do bem legal o consumidor pode ficar indiferente em qual consumir
Confiabilidade do vendedor – Quão maior a confiança que o vendedor passa para o comprador, maior o prêmio de risco. Nesse ponto pode-se expressar as “garantias” asseguradas pelo vendedor e até que ponto o consumidor crê nelas.

Voltando ao gráfico. Começarei pensando na compra de uma máquina fotográfica. Eu poderia comprar em um mercado legal, possuir a máquina e eventualmente minha utilidade de possuir a máquina diminuirá com o tempo, pois posso adquirir outra máquina ou mesmo não utiliza - lá. Gastarei uma renda X no consumo. O “prêmio de risco” - praticamente 0 - seria acreditar que a loja que me vendeu prestará alguma assistência técnica e sendo a compra efetuada de forma correta com os padrões da lei, o risco é mínimo.

Agora pelo caminho negro do mercado ( dark side of the market ), ao se escolher comprar o produto contrabandeado o prêmio aumenta. No ponto A, poderá ocorrer 2 caminhos. Primeiramente, o produto pode não apresentar problema algum e o nível de utilidade tenderia a percorrer a linha pontilhada ( PL´) onde o nível de utilidade, no meu caso seria maior, porque mantive uma parcela da renda que poderá ser usada em outras compras futuras ( legais ou não...hehe). Mas como não só de flores vive o mundo, vamos dizer que o produto apresente alguns defeitos técnicos e para colaborar o vendedor simplesmente suma do mapa. O prêmio de risco iria abaixo, já que efetuei a compra e nada funcionou. Minha utilidade cairia até que finalmente, no ponto B eu pensaria triste e chorando. “É, deveria ter percorrido a curva PL....42.....o mundo....tudo mais.......”

Concluindo esse post, estou a procura de uma solução em que eu maximize minha renda e o sentimento de arrependimento não ocorra. Por favor me ajudem....hehehe
Abraços!!

Chove, não molha

Olá mundo!
Fui ao Tim Festival em São Paulo nesse fim de semana, tirando que o evento foi maravilhoso, me ocorreu algo estranho durante a apresentação de um dos shows.
Estava eu, parado, olhando para o palco e viajando, pensando exatamente nesse Blog e sobre algo que havia me ocorrido a pouco.

Eis que me assusto ao descobrir que sou avesso ao risco, fiquei triste, mas juro que tentei me segurar ao máximo.
Chegamos no Anhembi e estava armando uma chuva daquelas, o que não faltava no local era vendedores de cerveja, capas de chuva e como sempre cambistas. Todos juntos no mesmo embalo e na mesma canção gritando, vendendo e comprando, uma verdadeira feira. Pergunto a um vendedor de capa de chuva quanto está a chuva e sou informado que a capa estava 5 reais e como sempre atacaram dizendo que dentro do Anhembi estava 10 reais.

Como bom mão de vaca que sou, não comprei. Não pude deixar de observar também, a movimentação dos cambistas que não conseguiam vender nenhum ingresso, achei aquilo incomum e logo percebi o porque dessa anomalia, a cabine de venda de ingressos oficiais ainda estava aberta, ou seja, a demanda ainda era alta.

Entramos no Anhembi e para a minha grande surpresa a capa de chuva era 5 reais e não 10 como havia informado o vendedor do lado de fora. O tempo estava muito fechado e resolvi não arriscar, comprei a capa, acreditando que com a chuva o preço da mesma subiria bastante, assim como o preço do ingresso na mão dos cambistas subiria assim que fechassem a cabine de venda tornando a oferta inelástica.

Foi exatamente nisso tudo que estava pensando parado, olhando para o palco. Era final de show, não havia chovido e eu com minha capa no bolso voltei triste ao descobrir que sou avesso ao risco e o prêmio de risco no caso foi de 5 reais e motivo de piada dos amigos.

Apresentando o blog

Prezado(a) leitor(a),

Eu não planejava colocar posts aqui. É um trabalho dos meus alunos. Na verdade, é um bem semi-público cuja administração tento fazer com cuidado e empenho, talvez mais cuidado e empenho do que dedico à minha busca por um automóvel zero.

De qualquer forma, meus alunos me explicaram o nome do blog e vale a pena falar um pouco sobre isto. Trata-se de uma mistura do "Projeto 48", um programa da TV a cabo e do "42" do O Mochileiro das Galáxias (quem viu o filme também deve ter se lembrado do "42"). Em resumo, "42" é o "sentido da vida" no (divertidíssimo) livro de Douglas Adams.

O nonsense de Adams parece-me bem adequado ao gosto de alunos de economia. Bem, não sei se isto é verdade, mas se você achava que uma coisa nada tinha a ver com a outra, experimente um pouco de análise custo-benefício em uma economia Vogon.

Este foi meu primeiro e último post aqui. A partir de agora, a turma assume. Câmbio, desligo.

Claudio Shikida
p.s. Mais religião, menos assassinatos? Bom tema para um novo plebiscito. :-)

Sunday, October 23, 2005

“Não” definitivamente convence o “sim”

Aproveitando este domingo de votação, decidi fazer minha primeira publicação com o polêmico assunto do referendo sobre o desarmamento, que pelo visto não causa discussões apenas na nossa sala.

O principal argumento dos que defendem a continuidade do comércio legal de armas gira em torno da manutenção da liberdade de defesa, já que o governo não consegue prover toda a segurança necessária. E foi utilizando-se de sua liberdade que Fagner Silva Torres, 23 anos, defensor do “não” disparou três tiros contra William da Silva, 26, durante uma discussão num bar em Juiz de Fora a respeito do referendo, segundo reportagem publicada ontem.

Apesar da coincidência do atirador defender o “não”, o que poderia ser um prato cheio para os que querem a proibição do comércio, provavelmente a arma utilizada no crime era ilegal, o que demonstra de fato a inutilidade do referendo, que visa justamente a redução deste tipo de incidente.

Um assunto que gerou tanta polêmica e causou gastos tão excessivos deveria servir como ponto de partida para outras ações governamentais, principalmente no que diz respeito à segurança. Acho até que este ponto de partida foi muito caro e que a verba a ele destinada deveria ter sido investida em ações mais objetivas de solução do problema. O que provavelmente acontecerá, após a divulgação dos resultados, é a manutenção da situação como está. Além do tráfico ilegal de armas, do perigo da violência, nosso presidente continuará tomando sua amarelinha ao final do dia (desculpe-me Saulo). Mas o referendo terá servido a seu principal “objetivo”: o de desviar a atenção da a crise política.

Resta perguntar se William foi convencido a votar não. Isto é, se tiver saído do hospital...

Mulheres do Zimbábue sofrem com a crise econômica

Nada melhor do que estrear no projeto 42 com uma discussão polêmica. Eu como representante feminina deste não poderia deixar de postar algo que com certeza passaria desapercebido pelos companheiros da economia. O Zimbábue, país africano, cujo IDH ocupa o 130º lugar, está enfrentando uma grave crise econômica. Segundo a notícia publicada pelo portal terra nesta última sexta, as mulheres do Zimbábue estão sendo diretamente afetadas, pois está escasso um recurso de necessidade básica: o absorvente higiênico.

É um absurdo o que estas mulheres estão enfrentando. Ninguém está levando o assunto a sério e no Parlamento foi sugerido que se usasse peles de animais como um bem substituto para o absorvente. Não vivemos mais em uma era primitiva e apesar de a África ser um continente cuja maioria dos habitantes vive abaixo da linha de pobreza este tipo de problema não poderia existir.

Não há fabricas do produto no território nacional e por isso a população feminina tem acesso ao absorvente sul-africano de maneira ilegal. O que mais podemos esperar companheira Clara? Mercado negro de absorventes? O poder de compra destas mulheres é tão baixo que teriam que gastar metade do seu salário para comprar a quantidade necessária para o período menstrual. Temos um quadro de desequilíbrio no mercado de absorventes, com um excesso de demanda (que deveria ser inelástica) para uma oferta praticamente nula.

Qual a solução? Sindicalistas estão buscando financiamento internacional já que a moeda não é forte para buscar importações de outros países. Além da pobreza exacerbada, da fome, dos números assustadores de casos de Aids, o sexo feminino é forçado a vivenciar humilhações e correr riscos de infecções ao usar papéis e panos para sua higiene. Como diria o jornalista Boris Casoy: Isso é uma vergonha!



Friday, October 21, 2005

Palpite

Bom, como o nosso caro Prof. Dr. Shikida pediu algum palpite sobre o resultado do jogo e suas possíveis interações, dada as condições e as regras dessa paranóia, vou ter o prazer de ser o primeiro a arriscar algum comentário, tentando é claro levar em conta alguma teoria da microeconomia.

Numa clara tentativa de elevar o nível de produção da nossa sala, tão massacrada pelos diversos professores e carrascos do Ibmec, o Prof. Shikida estabeleceu uma regra que se um aluno da sala não fizer a sua parte, todos os outros perderão alguns pontos. Viajando um pouco, podemos estabelecer que o nosso professor é o governo e nós somos as firmas que fornecem pesquisas e materiais academicos e intelectuais ao governo, e dada a restrição orçamentária do governo em nos pagar em pontos (somente 100 pontos distribuídos ao longo do semestre) por nossos produtos cujo fator de produção é o nosso trabalho.

Creio que esta "política industrial" afetará as interações e as relações entre nossos queridos colegas de duas possíveis formas: a primeira, mais clara e óbivia, e que eu já senti na pele, será uma cobrança maior por parte dos meus colegas e uma vigilância quanto ao meu nível de produção que de repente passaram a acompanhar o meu nível de trabalho e estudo na faculade, pelo menos em um certo grau e em uma certa matéria!!! O segundo, não menos óbvio, mas menos provável, será um surgimento de uma forma de interação entre os alunos em busca de melhores resultados, seja lá qual for esta forma (aceito sugestões), pode ser a criação de um grupo de estudos, ou um novo mercado no qual as firmas mais eficientes cobrarão alguma taxa extra para cobrir as metas das firmas menos eficientes, como no mercado de cotas de carbono.

Com certeza, o resultado de toda essa interação seria uma produtividade marginal maior do trabalho, pois dessa forma, o trabalho de um beneficia todos os alunos.

Ah... e se esse mercado realmente surgir venho a me dispor para vender meu peixe, ou comprar dependendo do ponto de equilíbrio.

Obs ao professor: este palpite é apenas uma suposição e uma brincadeira para descontrair um pouco o inicio dessa atividade, que apesar de nos dar mais trabalho ao longo do semestre é uma iniciativa criativa que trará bons resultados.

Espero, ainda, atingirmos um nível de discução ao ponto de nos ajudarmos nas escolhas dos temas de nossas monografias, para aqueles que ainda não o encontraram.

abraço a todos

Indústria quer padrão digital antes da Copa

ALOHAA... hehe acho q estou começando a gostar desse negócio de havaiano e tal.. falta ficar sarado, luzes no cabelo, bronze e uma prancha... aí viro surfixxxta morô??

Falando sério,
Ontem saiu uma notícia no valor econômico sobre a pressão da industria para que o Brasil adote um padrão de TV digital (americano, europeu ou japones). Cada um possui vantagens e desvantagens e pra quem não vem acompanhando a história desde o governo FHC saibam que a decisão brasileira vem sendo empurrada a bastante tempo.

Já se ouviu de tudo nessa história, até o meu, o seu, o nosso Presidente (aplausos) depois de umas doses a mais disse q deveriamos criar o nosso Padrão de Tv digital.

Loucura? Claro... Apesar do Brasil ser um dos maiores consumidores de TVs do mundo é uma loucura criar um padrão brasileiro que será utilizado somente aqui, assim as industrias ficariam presas apenas ao mercado interno o que não nos permitiria gozar de ganhos de escala, conclusão? Preços altos.

Passada a ressaca do Presidente viu-se q o jeito era um dos 3 padrões utilizados pelo mundo e a guerra continuou, o motivo? Óbvio, o monopólio da tecnologia.
Lobbys à parte o que seria melhor?? Bem, pensei, repensei pensei denovo e nãa deixa pra lá... hehe brincadeira. Pq não leiloar? O Brasil poderia aproveitar o momento e adotar a tecnologia que oferece melhores condições. Pq não? Qual tecnologia tem o maior potêncial de consumidores no mundo? Isso poderia gerar um mercado exportador brasileiro.
Caso parecido aconteceu com a tecnologia celular, onde o padrão europeu(GSM) levou a melhor. Isso não ocorreu por ser a melhor tecnologia, mas por ter as melhores chances de ganho, sendo o Brasil um exportador de celulares GSM.

Cláudio Nash Shikida

ALOHAAA!!! Aproveitando o clima quente de BH, mando um Olá à moda Havaí... hehehe
Bem, bem... esse é meu primeiro post aqui e nada mais atual e polêmico do q a medida tomada pelo nosso professor Shikida, que utilizando-se de jogos, criou uma maneira de procurar estreitar a interação estratégica entre alunos e professores.

Triste não? Pensando bem não sei... hehehe... a turma do 6º período q acha q vive no programa global No Limite terá que provar que é melhor do q vem demonstrando ser. Alguns diriam que o resultado seriaum equilibrio Max-Min, onde procraríamos apenas o máximo do mínimo para conseguir cumprir o combinado (compulsoriamente), outros diriam que não... Assim estamos vivendo um dilema terrível de um jogo um tanto pior que o tão conhecido dilema do prisioneiro. Aqui é ganhar ou perder e se um perde, todos perdem.
O jogo é interessante, dado que todos possuem informações e há interação entre o grupo eliminando o problema de assimetria de informação. O que resta saber é como será dada essa cooperação entre as partes envolvidas e qual o equilíbrio que será atingido, alguém ai se habilita a arriscar algum palpite? Alea jacta est!!
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