Tuesday, October 25, 2005

Os furacões e seus estragos

Como todos devem saber, a mais nova celebridade meteorológica passou ontem pelo estado da Flórida, deixando mais de 6 milhões de habitantes sem energia elétrica, 8 mortes, 80 mil desabrigados e um prejuízo econômico estipulado em torno de US$ 10 bilhões. Isto sem incluir os estragos causados pelas escalas anteriores que o furacão Wilma fez : 10 mortos no México ( na península de Yucatán ) e a pior inundação dos últimos 28 anos em Cuba, com bairros inteiros e cidades costeiras do oeste da ilha, inclusive a capital Havana, cobertos pela água.

Com a passagem dos furacões ( Rita, Katrina, Wilma ) pelo Hemisfério Norte , mais de 60 plataformas e poços de extração petrolífera no Golfo do México foram temporariamente desativadas, com uma queda registrada de 90% da produção da região. O resultado óbvio disso é um choque na oferta do barril do petróleo, que pode ser comprovado pela cotação do barril de petróleo bruto na bolsa de Nova Iorque, que este ano já beirou os US$70 por conta dos problemas gerados pelos furacões Katrina e Rita que atingiram o Golfo do México e o estado do Texas, onde existem refinarias norte-americanas responsáveis por 20% do abastecimento interno.

E com mais um problema de choque de oferta externo, era óbvio que os preços das passagens aéreas brasileiras iriam seguir uma tendência de alta. E foi o que aconteceu e foi noticiado hoje pela manhã, pelo site de economia do Terra, o portal Invertia : "Passagens Aéreas sobem mais de 3%" .

O reajuste acumulado de 56,28% do querosene de aviação desde o começo do ano, levou as três principais companhias aéreas brasileiras a subir em mais de 3% o preço de suas tarifas.

Pelo visto os efeitos dos furacões no hemisfério norte também foram sentidos nas alturas...

2 Comments:

Blogger Prof Shikida said...

lucas, que tal você ler um pouco do especialista em preço do petróleo, Jim Hamilton?

http://www.econbrowser.com/archives/2005/08/impact_of_katri.html

Viu? E agora? Ele corrobora sua intuição? Sim? Não? Talvez? Por que?

6:12 PM  
Blogger Prof Shikida said...

Por que será que nossos economistas não possuem um blog como o de James Hamilton? Dizer que não tem gente é errado. Tempo? Não sei.

Fica aí a sugestão. Só temos o discurso do "Globo Petróleo & Gás", digamos, oficial ou parcial do pessoal do jornal. Por que não um blog? O que me causa incômodo é que o povo aqui chia um bocado quando se fala de choque do petróleo, principalmente os mais velhos.

Mas quantos se preocupam em quantificar os seus efeitos? Ou mesmo divulgar resultados de estudos? Só - e olhe lá - o Globo, na seção citada.

Fica aí o convite.

10:38 AM  

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