“Não” definitivamente convence o “sim”
Aproveitando este domingo de votação, decidi fazer minha primeira publicação com o polêmico assunto do referendo sobre o desarmamento, que pelo visto não causa discussões apenas na nossa sala.
O principal argumento dos que defendem a continuidade do comércio legal de armas gira em torno da manutenção da liberdade de defesa, já que o governo não consegue prover toda a segurança necessária. E foi utilizando-se de sua liberdade que Fagner Silva Torres, 23 anos, defensor do “não” disparou três tiros contra William da Silva, 26, durante uma discussão num bar em Juiz de Fora a respeito do referendo, segundo reportagem publicada ontem.
Apesar da coincidência do atirador defender o “não”, o que poderia ser um prato cheio para os que querem a proibição do comércio, provavelmente a arma utilizada no crime era ilegal, o que demonstra de fato a inutilidade do referendo, que visa justamente a redução deste tipo de incidente.
Um assunto que gerou tanta polêmica e causou gastos tão excessivos deveria servir como ponto de partida para outras ações governamentais, principalmente no que diz respeito à segurança. Acho até que este ponto de partida foi muito caro e que a verba a ele destinada deveria ter sido investida em ações mais objetivas de solução do problema. O que provavelmente acontecerá, após a divulgação dos resultados, é a manutenção da situação como está. Além do tráfico ilegal de armas, do perigo da violência, nosso presidente continuará tomando sua amarelinha ao final do dia (desculpe-me Saulo). Mas o referendo terá servido a seu principal “objetivo”: o de desviar a atenção da a crise política.
Resta perguntar se William foi convencido a votar não. Isto é, se tiver saído do hospital...
O principal argumento dos que defendem a continuidade do comércio legal de armas gira em torno da manutenção da liberdade de defesa, já que o governo não consegue prover toda a segurança necessária. E foi utilizando-se de sua liberdade que Fagner Silva Torres, 23 anos, defensor do “não” disparou três tiros contra William da Silva, 26, durante uma discussão num bar em Juiz de Fora a respeito do referendo, segundo reportagem publicada ontem.
Apesar da coincidência do atirador defender o “não”, o que poderia ser um prato cheio para os que querem a proibição do comércio, provavelmente a arma utilizada no crime era ilegal, o que demonstra de fato a inutilidade do referendo, que visa justamente a redução deste tipo de incidente.
Um assunto que gerou tanta polêmica e causou gastos tão excessivos deveria servir como ponto de partida para outras ações governamentais, principalmente no que diz respeito à segurança. Acho até que este ponto de partida foi muito caro e que a verba a ele destinada deveria ter sido investida em ações mais objetivas de solução do problema. O que provavelmente acontecerá, após a divulgação dos resultados, é a manutenção da situação como está. Além do tráfico ilegal de armas, do perigo da violência, nosso presidente continuará tomando sua amarelinha ao final do dia (desculpe-me Saulo). Mas o referendo terá servido a seu principal “objetivo”: o de desviar a atenção da a crise política.
Resta perguntar se William foi convencido a votar não. Isto é, se tiver saído do hospital...
4 Comments:
talvez voce goste disto:
http://www.e-agora.org.br/comentar.php?cont=notas&id=2787_0_27_0_M
claudio
e há outro também, interessante, aqui:
http://www.diegocasagrande.com.br/main.php?flavor=manchetes&id=8992
o ponto é tão polêmico que agora já tem gente apelando. Não é a idéia neste blog, claro, mas não custa alertar.
A própria Lúcia Hipólito deu uma apelada braba comentando a vitória do não ontem na Globonews:
"Mesmo com o povo dizendo ‘não’ o governo pode, em vez de proibir o comércio de armas, torná-lo proibitivo através de mecanismos legais como IPI, ICMS."
você pode aproveitar mais lendo isto:
http://pricetheory.uchicago.edu/levitt/Papers/LevittDonohue1998.pdf
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