Saturday, October 29, 2005

Algo mais sobre Games no Brasil

Saudações seres!

Com o intuito de expandir o meu pequeno ensaio de 500 palavras apresentado em sala, durante uma aula da saudosa matéria Técnicas de Pesquisa em Economia, escrevo este outro ensaio, na forma de post, neste ambicioso projeto, o Projeto 42.
Sob o olhar crítico do Prof. Shikida, pude perceber o quão imaturo - em termos econômicos, na minha opinião - eu me saí com o ensaio sobre os jogos eletrônicos (daqui para a frente os trataremos como Games). Meu trabalho estava sem dados, apenas era a minha opinião e claro, reflexos de alguma experiência pessoal no tema.
Bem, aqui estou, e pretendo discutir o tema com mais ímpeto e com evidências. Vamos lá!

Ao buscar informações sobre uma determinada empresa brasileira que produz e publica Games em âmbito nacional, me deparei com esta matéria do site "IDG Now!". Ela discute o tema do mercado de Games no Brasil. Apesar de ser antiga, mostra atualidade nos fatos. O Brasil sempre teve um grande potencial no ramo do entretenimento eletrônico. No mercado de video games o país teve seus anos dourados no final dos anos 80 e início dos 90, com a Tec Toy, que era a representante oficial da SEGA (empresa mundialmente famosa no ramo com ícones como Sonic) no Brasil. Recentemente a única empresa envolvida no mercado de video games era a Gradiente, através da Gradiente Entertainment LTDA., esta, por sua vez, representava uma outra empresa de reconhecimento mundial, a Nintendo. O mercado sofreu oscilações positivas e negativas, e o resultado é que não há mais nenhuma empresa que atue no mercado de video games no país que, diga-se de passagem, é o mercado de entretenimento eletrônico que mais movimenta recursos no mundo. Um fator que justifica o desinteresse das empresas nacionais é a pirataria, que prejudica muito o mercado, e foi um dos fatores declarados pela Gradiente para o fim da parceria com a Nintendo.
Já o setor de Games para PC possui representantes no país, e, apesar da pirataria, esforça-se para se manter de pé. Mas não como deveria, segundo Reinaldo Normand, autor da matéria do IDG Now!. Ele enfatiza o desinteresse das empresas nacionais nesses dois segmentos citados, por parte dos publishers (empresas que se encarregam de "trazer" os softwares), dos comerciantes e até mesmo dos consumidores. Não há interesse em divulgar, popularizando os softwares de entretenimento, pois o potencial destes é ignorado. As softhouses se esforçam em suas produções, e produzir certos Games é muito caro, às vezes mais caro do que um sucesso de bilheterias no cinema. Isso multiplica o desconhecimento da população acerca desta cultura (desculpe Shikida, mas é isso mesmo!) o que torna o investimento de fato inviável.
Uma pena todo este complô para que o Brasil não se envolva nesse mercado. Notícia recente do site WNews publicou estimativas sobre a movimentação financeira proveniente do entretenimento eletrônico, na qual o Brasil tenta fazer parte. Apesar da pirataria, o país tenta driblar a falta de uma cultura gamística, com ninguém menos que o nosso Ministro da Cultura, Gilberto Gil, que, sobre a liberação de recursos para o incentivo à produção nacional afirmou: "Essa é uma das formas de fazer com que não sejamos apenas importadores de games, mas também criadores", divertindo-se em uma feira de Games em São Paulo. No caderno de tecnologia do Estadão.
Infelizmente uma declaração deste tipo não é o bastante para mudar o mercado de uma hora para outra, claro que não. Isto quer dizer que deveriam ser promovidas mais feiras e eventos do tipo? Talvez. Deveriam haver incentivos para as empresas? Quem sabe. O fato é que alguns momentos na frente dos bongôs do jogo Donkey Konga foram suficientes para que o país ganhasse um representante de peso na defesa da cultura gamística. O que mostra que o país está no rumo certo.
Seja como for, o que vale é a intenção.

2 Comments:

Blogger Prof Shikida said...

Excelente, Leonardo. Excelente. Usou o tema como inspiração. Mas olha a redação. Tem frases que precisam ser corrigidas aí. E o português. Lembre-se que estou atento a isto tudo.

Talvez você deva ler mais a Wired (www.wired.com). Não é Brasil, claro, mas é uma baita revista com, inclusive, games, no meio.

Dê uma revisada no português.

9:51 PM  
Blogger Prof Shikida said...

falta o segundo post até meia-noite ou eu não vi o outro?

10:01 PM  

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