Friday, November 18, 2005

Filhos de Francisco salvam cinema nacional, mas pirataria permanece!!!

Saiu uma reportagem no Valor Online de hoje dizendo que o filme “Os dois filhos de Francisco” impediu resultados desastrosos para os exibidores de cinema brasileiros. Os 5,2 milhões de espectadores que prestigiaram a produção dirigida por Breno Silveira evitaram que a queda na presença de público nas salas de cinemas (24% menor que em 2004) e na renda com bilheteria e alimentação (18%) fossem ainda maiores.

Além da falta de grandes lançamentos no ano, Jesus Gusman Oseguera, diretor geral da rede Cinepolis (empresa exibidora mexicana) discute a pirataria. "Embora o hábito de freqüentar o cinema seja grande entre a população do México, a situação econômica faz com que muita gente prefira economizar dinheiro com ingressos para a família inteira e investir em DVD pirata", diz. A notícia também cita a Internet como um obstáculo para o crescimento do setor.

Meu ponto básico nesse post será discutir a pirataria... Quantas vezes já vimos campanhas com o apelando para o fim da pirataria?? Os artistas vão à televisão e pedem pra ajudarmos a combater esse problema... O que me faz questioná-los é o fato de, num país como o nosso, duplas sertanejas venderem seus cd´s a R$ 30,00, R$ 35,00, e esperarem que uma pessoa que ganha um salário mínimo (ou até menos) os comprem a esses preços, sendo que os piratas são facilmente encontrados a R$ 5,00.

O pai de uma amiga minha tinha uma loja de música no centro da cidade. Quando a venda desses artigos ilegais começou a crescer, perguntei pra ela como ele estava conseguindo manter a loja (pagando todos os impostos, encargos, aluguel, luz, etc.) e competir com os camelôs. Eis a resposta: “Não está! Estamos tendo que correr atrás desses mesmos produtos... mas, como precisamos oferecer garantias, nossos preços ainda têm de ser mais altos”. Resultado: Ele teve de fechar a loja e hoje sustenta a família revendendo mercadorias paraguaias (trabalha sozinho e, provavelmente, não paga mais tributos)...

Com o intuito de incentivar os lojistas que pagam impostos, empregam mais e, portanto, desenvolvem mais a economia, a prefeitura tirou os vendedores ambulantes da rua e montou o “Shopping Oiapoque”, em Belo Horizonte, a fim de evitar que a venda de produtos mais baratos nas portas da loja concorra com os estabelecimentos. Hoje em dia o problema “deve” ter sido resolvido: ao invés de as pessoas desistirem de comprar legalmente (porque encontram um substituto mais barato na porta da loja), elas simplesmente nem vão às lojas mais. Descem diretamente no oi ou no Xavantes (é, o mercado deu certo e já está até crescendo....)

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