Thursday, November 17, 2005

"Brindes comercializáveis?"

Num dia destes comecei a pensar mais a respeito de brindes, principalmente depois de ouvir o meu chefe dizer: “Estamos zerados. Só de brindes foram gastos 17 mil!”. Todos que se encontravam no recinto começaram a rir.

Ninguém pode negar que é ótimo para a imagem da empresa distribuir brindes, contribuindo para a satisfação de quem os recebe. Mas nem sempre os gastos com os mesmos são baixos e uma prova disso foi ver a indignação do meu chefe ao ver este número. Além disso, acredito que os brindes não são tão significativos na decisão do consumidor, apesar de lhe oferecer um maior bem-estar.

Formou-se o “mercado de brindes”. Há brindes de todos os tipos (até peixinhos né Clara?!). Os médicos, por exemplo, recebem inúmeros brindes de diversos laboratórios. Como na minha família tem muitos médicos, não é difícil ver na casa de parentes vários produtos com nome de laboratórios e remédios (já vi de tudo: agenda, chaveiro em forma de espermatozóide, xícaras, enfeites, blocos de notas, cadernos, canetas, bolsinhas, bombons, cabide e até roupão...)

Os brindes deixam as pessoas mal acostumadas ao invés de atraí-las. Outro dia vi o Diego cobrando uma salada que ele tinha ganhado certa vez. A garçonete falou que ele estava tentando comercializar um brinde oferecido em outra oportunidade. Ele até ameaçou de não comer mais lá se não recebesse a salada de novo.

As empresas especializadas na confecção de brindes e que são contratadas para isso são as mais beneficiadas neste mercado, que está em ascensão e cada vez mais diversificado. Sendo assim, seus lucros serão cada vez maiores e o das empresas contratantes dos seus serviços cada vez menores se os gastos com os brindes não forem compensados no futuro. Não sei se isso sempre acontece pois é muito difícil mensurar o valor a ser auferido. Mas os consumidores acabam aproveitando da situação...

1 Comments:

Blogger Prof Shikida said...

Eis um presidente que não consegue juntar oferta com demanda.

http://oglobo.globo.com/online/plantao/189187546.asp

Claro que há professores que deixam alunos colarem e não cobram.

Mas não há alunos que colam e não estudam?

Lula, o ovo, ou a galinha: quem vai primeiro pro omelete leninista na apócrifa e famosa citação sobre a revolução russa?

12:18 PM  

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